«"Quando recebi o telefonema do hospital a informar-me sobre a morte da minha mãe, o mesmo foi seco e duro..."
(Testemunho de um participante no workshop do dia 9 de janeiro de 2013)

Por vezes, não tomamos em consideração a pessoa que está ao nosso lado (ou do outro lado da linha). Temos tendência em "bombardear" a má notícia, sempre carregada de informação que poderá ser desnecessária, por exemplo:
"Sei que a notícia que tenho para lhe dar não é fácil! Não vai ser fácil ouvir o que tenho para lhe dizer. Sabe que houve umas complicações que não estávamos à espera. O seu ente querido já não estava bem e já devia estar à espera do pior..."
Durante a comunicação da má notícia temos que dar espaço ao recetor da mensagem para que este possa refletir sobre o que está a ser dito. Por vezes, é preferível dosear a informação, ao invés de a dar toda de uma só vez. Veja o exemplo que se segue:
"Tenho uma notícia difícil para lhe comunicar… (esperar pela reação)
Lamentamos informar, mas o seu ente querido faleceu… (esperar pela reação)
Estou aqui para o ajudar, no que necessitar."
Neste exemplo, doseamos a informação, preparando o interlocutor para a má notícia. Mas nunca evitamos de dar a notícia da morte, pois atrasá-la evoca o aumento da ansiedade quer do interlocultor como do recetor da mensagem. Ao transmitirmos uma má notícia devemos, também, estar calmos e transmitir segurança e disponibilidade.
Cada pessoa reage de forma individual e exclusiva a uma má notícia, nomeadamente a morte de um ente querido.
O maior ato de amor numa relação humana é a confiança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Retirado do blogue pessoal do autor:
http://workshoppsicologiadoluto.blogspot.pt/